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O barato e o ignorado podem custar caro para a sua empresa

  • haroldoribeiro1961
  • 30 de abr.
  • 5 min de leitura

 


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Haroldo Ribeiro e Chat-GPT

 

Em um cenário cada vez mais competitivo e exigente, muitas empresas concentram seus esforços em estratégias de crescimento, inovação e marketing, mas negligenciam aspectos básicos e silenciosos que comprometem diretamente seus resultados. Em nome da economia ou da rotina operacional, ações simples são adiadas, práticas fundamentais são ignoradas e os sintomas de ineficiência são tratados como “parte do jogo”.

O problema é que aquilo que parece barato hoje — como ignorar desorganização, conviver com desperdícios ou adiar a implementação de melhorias — pode sair caro amanhã. O custo não está apenas nos números financeiros, mas também no clima organizacional, na segurança, na imagem e na competitividade da empresa.

Este artigo propõe uma reflexão direta e prática: sua empresa está realmente atenta aos sinais que indicam perdas crônicas? Ou está tratando efeitos enquanto ignora as causas? Ao longo das próximas páginas, você vai entender por que o descaso com o essencial pode sabotar qualquer iniciativa de excelência, e como programas simples, como o 5S, quando bem conduzidos, podem representar a virada de chave para a saúde e sustentabilidade do seu negócio.

 

 

Doenças crônicas organizacionais: o mal silencioso das empresas


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Você já se perguntou se sua empresa sofre de alguma doença crônica? Aquelas disfunções internas que se alastram silenciosamente e que, por vezes, se confundem com a “cultura” do ambiente ou são normalizadas pelos próprios colaboradores? Assim como nas doenças humanas, os sintomas aparecem. Mas nem sempre são interpretados corretamente ou sequer recebem atenção.

As manifestações mais frequentes desse mal incluem desperdício de recursos, desordem nos ambientes, sujeira nos postos de trabalho, negligência na manutenção dos ativos, e outros sinais ignorados no dia a dia por parecerem banais. Contudo, por trás de cada pequeno descuido, pode estar o início de uma degradação organizacional profunda.

Esses sintomas não surgem por acaso. São reflexos de práticas viciadas, da falta de padrões, da ausência de cultura voltada à excelência e, principalmente, da crença equivocada de que “não temos tempo para organizar” ou que “limpeza é obrigação apenas do setor de serviços gerais”.

Negligenciar esses sinais é como conviver com febre alta sem buscar um diagnóstico: o corpo da organização está dando sinais de que há algo errado.

 

A causa invisível: cultura, infraestrutura e gestão adoecidas


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Mesmo quando os sintomas são percebidos, muitas empresas falham ao identificar suas causas reais. Esse é o segundo estágio da doença crônica empresarial: sentir a dor, mas não compreender o que está inflamando o sistema.

É comum atribuir os problemas à operação, aos operadores ou ao acaso. Porém, é preciso ir além. As raízes geralmente estão em falhas culturais (como a falta de valorização do zelo e da melhoria contínua), estruturais (ambientes inadequados, má iluminação, ausência de sinalização, etc.) e gerenciais (como a ausência de lideranças que inspirem pelo exemplo).

Sem um mapeamento eficiente, sem escuta ativa e sem uma análise crítica dos processos, a empresa convive com as dores, mas nunca ataca o agente causador. O resultado? Uma rotina repleta de "remendos", soluções paliativas e retrabalhos — o famoso “tapar o sol com a peneira”.

É preciso compreender que a cultura empresarial tem mais força do que qualquer procedimento. Se ela não estiver alinhada com a excelência, todo o resto será sabotado por hábitos arraigados.

 

Sem diagnóstico, sem cura: a persistência do prejuízo


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Ignorar os sintomas e as causas equivale a manter um paciente em estado crítico sem tratamento. Empresas que não fazem diagnósticos eficazes continuam acumulando prejuízos significativos.

Os efeitos são devastadores: custos ocultos elevados, quebras constantes de máquinas, aumento de produtos com defeito, atrasos na entrega e, o que é pior, um ambiente de alto estresse. Isso sem contar os acidentes — ou os quase acidentes — que poderiam ter sido evitados com uma abordagem mais proativa.

Esses prejuízos não aparecem de forma explícita no balanço contábil, mas drenam recursos preciosos. São horas de produção perdidas, oportunidades desperdiçadas, clientes insatisfeitos e colaboradores desmotivados. São marcas invisíveis que corroem a reputação e a competitividade.

Empresas que não investem na identificação precisa de seus gargalos vivem em constante modo reativo — sempre apagando incêndios e culpando o “destino” por seus fracassos.

 

O 5S como antídoto: ação efetiva contra perdas crônicas


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Entre as ferramentas mais acessíveis e poderosas para tratar essas doenças organizacionais está o Programa 5S. Sim, aquilo que muitos ainda enxergam como apenas “um programa de ordem e limpeza” é, na verdade, uma poderosa metodologia de cultura organizacional.

A ausência ou má aplicação do 5S explica por que muitas empresas não conseguem manter seus processos sob controle. Onde o 5S é fraco ou inexistente, há retrabalho, desperdício, ambientes degradados e pessoas desmotivadas.

Implantar o 5S de forma séria — com foco na formação de cultura, no envolvimento da liderança e na aplicação constante — significa agir diretamente na prevenção das perdas e na eliminação das causas-raiz.

Mas atenção: não basta implantar um “5S de fachada”. É preciso aplicar os conceitos verdadeiros de cada S, com formação, treinamento, auditorias eficazes, reconhecimento dos avanços e — sobretudo — o exemplo diário dos líderes.

 

Sem controle, tudo volta ao caos: a importância do acompanhamento


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Após implantar o 5S, é imprescindível garantir a sua continuidade. O que não é medido, não é melhorado — e o que não é acompanhado, é abandonado. A motivação para manter o programa em execução nasce do sentimento de pertencimento e da clareza de metas.

A falta de auditorias (ou auditorias malfeitas), ausência de metas visíveis e o descaso com o follow-up tornam qualquer iniciativa frágil e condenada ao esquecimento.

A cultura de excelência é construída tijolo por tijolo, e o acompanhamento é o cimento que impede que tudo desmorone.

Criar painéis visuais, celebrar conquistas mensais, corrigir rapidamente os desvios e manter o canal de comunicação aberto com os colaboradores são práticas simples, mas fundamentais para consolidar os resultados.

 

Reflexões finais: quanto custa não agir?


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Quantas perdas a sua empresa tem acumulado silenciosamente por não agir? Quanto já foi desperdiçado por não fazer o diagnóstico correto? E, principalmente, com quem você tem contado para ajudar nesse desafio?

Não se trata apenas de economizar recursos. Trata-se de construir uma empresa saudável, sustentável e admirada por seus resultados.

Ignorar o que parece pequeno pode custar muito caro no futuro. E investir em ações estruturantes como o 5S, com acompanhamento e orientação qualificada, é mais do que necessário: é estratégico. Pense nisso!

 

 

 

Haroldo Ribeiro foi citado como o maior especialista em 5S e TPM do mundo segundo o ChatGPT, Gemini, Copilot, Perplexity e DeepSeek” (30/1/2025). É consultor especializado no Japão, e autor de 36 livros sobre 5S e TPM, desde 1994.

Site Oficial: www.pdca.com.br

 

 
 
 

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