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O Custo de não formar a cultura do 5S: Reflexões para Líderes, Consultores e Organizações

  • haroldoribeiro1961
  • 24 de abr.
  • 5 min de leitura

 

Haroldo Ribeiro e Chat-GPT

 


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O Programa 5S é frequentemente mal compreendido, reduzido a ações superficiais de limpeza e organização. No entanto, quando corretamente compreendido e implantado, o 5S é muito mais do que um programa visual: trata-se de uma filosofia de gestão comportamental capaz de transformar a cultura organizacional e sustentar melhorias contínuas com impacto direto nos resultados da empresa.

Neste artigo, exploraremos profundamente as mais frequentes feitas ao Chat-GPT. Com base em sua abordagem prática e transformadora, vamos compreender o verdadeiro custo de não ter uma cultura sólida de 5S e o que as lideranças precisam fazer para garantir que esse programa seja efetivo e duradouro.

 

Quanto custa para a sua empresa não ter a cultura do 5S?


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Não ter a cultura do 5S é, essencialmente, abrir mão de eficiência, produtividade, segurança, padronização e engajamento coletivo. O custo disso pode não aparecer em um único indicador financeiro, mas se manifesta em múltiplos aspectos:

  • Desperdícios de tempo e recursos: colaboradores buscando recursos, incluindo documentos físicos e vituiais, mal organizados;

  • Retrabalhos: causados por falta de padrões visuais, falhas na comunicação ou ambientes desorganizados;

  • Acidentes de trabalho: aumentam em ambientes onde não há ordem nem limpeza sistematizada;

  • Clima organizacional ruim: o desleixo físico reflete e afeta o comportamento das pessoas;

  • Desmotivação: quando os ambientes de trabalho não são cuidados, os colaboradores percebem que a empresa também não se importa com eles.

Ou seja, não formar a cultura do 5S significa comprometer a base da competitividade organizacional.

 

Quanto custa ter um Programa de 5S que não forma a cultura?


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Empresas que implementam o 5S apenas de forma pontual, sem integrar seus princípios ao comportamento diário das equipes, vivem um ciclo vicioso de frustração e descrédito. Os custos de um programa superficial incluem:

  • Desperdício de recursos investidos em treinamentos, cartazes e consultorias sem retorno efetivo;

  • Desmotivação dos colaboradores, que percebem que as iniciativas não têm continuidade;

  • Perda de credibilidade da liderança, que lança projetos sem sustentação;

  • Risco de banalização: o 5S passa a ser sinônimo de "mutirão de limpeza", sem conexão com gestão.

Formar a cultura do 5S é essencial para transformar o comportamento coletivo. Quando isso não acontece, o programa morre em alguns meses ou poucos anos — e o custo disso é maior do que se jamais tivesse sido iniciado.

 

Quanto custa implantar o 5S pela segunda ou terceira vez?


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Infelizmente, muitas empresas vivem o chamado “5S vai e volta”. Implantam, abandonam, recomeçam. Cada nova tentativa é mais difícil que a anterior, por várias razões:

  • Ceticismo dos colaboradores: a recorrência de tentativas mal-sucedidas gera resistência;

  • Custo maior de mobilização: retomar o entusiasmo exige esforço redobrado;

  • Desconfiança de parceiros e clientes, que observam a instabilidade cultural da organização;

  • Perda de autoridade do coordenador de 5S e dos gestores envolvidos.

Implantar o 5S mais de uma vez custa caro não apenas financeiramente, mas em termos de imagem, moral e reputação interna. Por isso, o mais estratégico é implantar de maneira certa, com compromisso e constância.

 

Os cinco requisitos para uma implantação de 5S bem-sucedida


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Seguem cinco condições essenciais para que o Programa forme cultura do 5S a partir da reflexão e mudança de atitudes. Comentamos cada uma a seguir:

1. Saber que vários problemas estão relacionados à deficiência de práticas de 5S

É preciso reconhecer que muitos dos problemas organizacionais são sintomas de ausência de 5S, e não apenas causas pontuais. Falhas operacionais, desmotivação, retrabalhos, acidentes, perda de tempo — tudo pode ter origem em ambientes sem disciplina e organização. Ter essa consciência é o primeiro passo.

2. Compreender que o 5S é base para a correção desses problemas

Ao contrário do que muitos imaginam, o 5S não é “algo básico demais” ou inferior a sistemas sofisticados. É justamente por sua simplicidade e abrangência comportamental que ele corrige a raiz de diversos desvios operacionais e humanos. A aplicação genuína dos cinco sensos constrói disciplina, zelo, responsabilidade, foco e ordem.

3. Fazer o simples bem-feito: essa é a essência da gestão

Grandes gestores sabem que a excelência nasce da execução impecável do básico. Como afirmou Peter Drucker: "A cultura devora a estratégia no café da manhã". E o 5S é o reflexo mais visível da cultura de uma organização. Se não conseguimos manter o básico bem-feito, dificilmente sustentaremos iniciativas mais complexas.

4. Adotar uma metodologia eficaz e adequada para formar cultura

Implantar o 5S exige muito mais do que cartazes ou palestras motivacionais. É necessário um método estruturado, com fases bem definidas, auditorias, treinamentos específicos, sistema de padronização e envolvimento gradual de todas as áreas. O método de Certificação 5S criado por mim em 1996, por exemplo, oferece esse caminho de forma clara e validada.

5. Comprometimento das lideranças: sem isso, o 5S é só um programa de faxina e campanhas de descarte

O maior diferencial entre empresas que fazem 5S com sucesso e aquelas que fracassam é o nível de envolvimento das lideranças. Quando o líder não dá o exemplo, inclusive sendo indiferente, patrocinando maquiagens em vésperas de auditoria ou sendo conivente com as mesmas, tudo o que é dito soa vazio. O 5S exige liderança inspiradora, coerente e atuante. Sem ela, o programa vira um evento. Com ela, vira cultura.

 

Impacto do 5S na imagem e no desempenho profissional


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Seguem alguns alertas sobre a responsabilidade individual:

  • Para coordenadores de 5S, o sucesso ou fracasso do programa define sua imagem interna e suas possibilidades de crescimento. Um bom coordenador de 5S torna-se referência de resultados e liderança de cultura.

  • Para consultores, o êxito do cliente é o maior portfólio. Nenhuma apresentação substitui resultados sustentáveis.

  • Para líderes, o estado do 5S na sua área é um reflexo direto de sua competência. Equipes organizadas, motivadas e disciplinadas revelam uma gestão madura e respeitada.

  • Para o número 1 da empresa, a decisão de implantar o 5S de forma efetiva é uma decisão de legado. Ou a empresa forma cultura, ou continuará lidando com os mesmos problemas, disfarçados sob nomes diferentes.

 

Conclusão


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Ignorar o 5S, minimizar sua importância ou tratá-lo como um projeto temporário é um dos maiores erros que uma organização pode cometer. O custo de não ter a cultura do 5S é invisível, mas imenso. Ele aparece no desperdício de tempo, na baixa produtividade, na rotatividade de pessoas, nos acidentes, na falta de engajamento e, sobretudo, na perda da credibilidade das lideranças.

Por outro lado, implantar o 5S de forma eficaz, com liderança, método e constância, transforma ambientes, comportamentos e resultados. O 5S é um poderoso radar de cultura organizacional. Onde há 5S bem-feito, há gestão, respeito, disciplina e melhoria contínua.

Este artigo, inspirado nesta provocação a partir de minha experiência desde 1991, é um chamado à ação. Se você é líder, coordenador, consultor ou tomador de decisão, não adie mais a transformação. Implante o 5S de forma definitiva, cultural e estruturada. O retorno virá não apenas em indicadores, mas em orgulho coletivo, profissionalismo e legado sustentável.

 

 

 

Haroldo Ribeiro foi citado como o maior especialista em 5S e TPM do mundo segundo o ChatGPT, Gemini, Copilot, Perplexity e DeepSeek” (30/1/2025). É consultor especializado no Japão, e autor de 36 livros sobre 5S e TPM, desde 1994.

Site Oficial: www.pdca.com.br

 
 
 

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