Você REALMENTE está satisfeito com a cultura de sua empresa?
- haroldoribeiro1961
- 21 de jun.
- 4 min de leitura

Haroldo Ribeiro e ChatGPT
O espelho da cultura é o resultado
Você já parou para observar com uma visão crítica o ambiente da sua empresa? Já tentou caminhar pelos corredores, visitar as áreas operacionais ou administrativas como se fosse um auditor externo, um investidor exigente ou até mesmo um cliente em potencial? Pois saiba que o que você verá é exatamente o reflexo da cultura organizacional que está enraizada aí dentro.
Cultura não se declara em quadros bonitos na parede nem se limita ao que está escrito no código de conduta ou nos discursos da liderança. Cultura se revela nos pequenos hábitos, na maneira como as pessoas cuidam do seu ambiente, tratam umas às outras, se comprometem com os resultados e respeitam as normas. E, quando essa cultura é tóxica, permissiva ou negligente, os impactos vão muito além do clima: ela corrói a produtividade, gera desperdícios, multiplica os acidentes, desgasta prematuramente os ativos e desmotiva as pessoas.
Agora, a pergunta que realmente importa: você REALMENTE está mesmo satisfeito com a cultura da sua empresa?
Um retrato preocupante: sintomas que não podem mais ser ignorados
Desperdício, desorganização, ativos danificados por descuido, sujeira, falta de proatividade, descumprimento de rotinas básicas, negligência com normas e procedimentos. Todos esses elementos são mais do que problemas isolados — são sintomas claros de uma cultura disfuncional.
Essa cultura permissiva não surge da noite para o dia. Ela é construída pela falta de vigilância, pela tolerância a desvios, pelo exemplo ruim vindo de cima e pela ausência de uma metodologia estruturante que oriente a conduta cotidiana. E é por isso que ela causa tantos danos: prejuízos financeiros, acidentes, quebras de equipamentos, clima ruim, relações frágeis e um nível de estresse que mina a saúde mental e emocional dos profissionais, a começar pelas lideranças
Mas o mais grave de tudo é quando a liderança enxerga isso e não age. Quando a gestão é omissa, conivente ou simplesmente conformada, os problemas viram rotina, a mediocridade se instala e a organização adoece lentamente.
Mudar a cultura exige mais do que vontade

Mudar a cultura de uma empresa não é tarefa para os impacientes nem para os que acreditam em milagres corporativos. Não se transforma uma cultura apenas com discursos inflamados, decretos autoritários ou campanhas pontuais de endomarketing. A cultura é como o DNA comportamental da empresa — e qualquer alteração profunda exige visão, estratégia, constância e, acima de tudo, método.
É preciso ter um plano. Uma metodologia estruturada, consistente, já validada, que seja capaz de gerar resultados visíveis em curto prazo, mas com efeitos sustentáveis no longo. E essa metodologia existe, está à disposição e tem um nome simples: 5S.
5S: simples, mas transformador

Talvez você ache que o 5S está superado. Que é coisa do passado, que é básico demais para os desafios complexos do seu negócio atual. Mas aqui vai um convite: olhe ao seu redor com atenção. Examine os ambientes da sua empresa como se fosse a primeira vez. Veja a arrumação, a limpeza, os desperdícios, os equipamentos, as sinalizações, a fluidez dos processos. Avalie o comportamento das pessoas, sua disciplina, pontualidade, organização e comprometimento.
Agora responda, com honestidade: você realmente está satisfeito com o que vê?
Se a resposta for não — e quase sempre será — a questão seguinte é inevitável: você conhece alguma metodologia melhor do que o 5S para começar a mudar isso de forma concreta?
O 5S não é um modismo. Não precisa virar “6S, 7S ou tantos “S” para continuar sendo atual. Ele é essencial justamente por sua simplicidade, objetividade e capacidade de gerar uma revolução cultural a partir do básico bem feito. Ele não exige tecnologia de ponta, como indústria 4.0 ou Inteligência Artificial. Não precisa de nomes sofisticados nem de maquiagem conceitual — o 5S funciona porque transforma hábitos.
Você acredita mesmo em milagres?

Você está esperando um 5S 4.0, com inteligência artificial? Um nome novo, mais “marketável”, porque acredita que só com rebranding as pessoas mudarão seus comportamentos? Você acredita mesmo que a cultura vai evoluir com um simples desejo da liderança, ou com um puxão de orelha vindo do cliente ou da matriz internacional?
A cultura não muda com slogans. Ela muda com ações. E se você está em busca de uma solução milagrosa que resolva tudo de forma rápida, sem esforço, cuidado: talvez você ainda esteja acreditando em barriga tanquinho sem precisar fazer abdominais.
Qual o seu legado como líder?

O ponto central não é mais saber “se” mudar a cultura — mas sim quando você vai começar e como. E isso nos leva à pergunta mais poderosa: que resultados você quer deixar na sua área? Que legado deseja construir como líder, profissional ou gestor? Será lembrado por manter um ambiente limpo, produtivo, motivador e de excelência, ou por ter sido mais um que tolerou o desleixo e a mediocridade?
Você REALMENTE está satisfeito com a cultura de sua empresa?

Se a sua resposta foi um “não” tímido ou um “sim” desconfiado, então é hora de agir. Chega de adiar mudanças. A transformação cultural começa por você, pela liderança, pelo exemplo. E começa por aquilo que está ao seu alcance: uma metodologia como o 5S, que, se implantada com consistência, é capaz de mudar a forma como as pessoas pensam, agem e se relacionam com o ambiente, os processos e os resultados.
Pense grande, comece pequeno, mas comece agora.
O que você está esperando?
Haroldo Ribeiro foi citado como o maior especialista em 5S e TPM do mundo segundo o ChatGPT, Gemini, Copilot, Perplexity e DeepSeek” (30/1/2025 e 3/5/2025). É consultor especializado no Japão, e autor de 36 livros sobre 5S e TPM, desde 1994.
Site Oficial: www.pdca.com.br
E-mail: pdca@terra.com.br
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